Há mais de dois anos estou vivendo uma imersão de estudos e práticas relacionadas a Pnl – programação neurolinguística e a todas as suas formas de utilização (dentre elas, posso citar linguística, comportamento humano, comunicação, crenças, mindset, reprogramação mental, como as pessoas funcionam e porque fazem o que fazem). Por isso fiz este vídeo e artigo para mostrar 5 dicas para você entender as pessoas e melhorar seus relacionamentos em casa ou no trabalho.
Fiz nesse período uma formação em PNL, e uma coisa que percebi no geral nas pessoas que também fizeram o curso, foi uma melhora significativa na forma com que essas pessoas lidam com as outras pessoas no dia a dia, basicamente entendendo 5 coisas simples, que são algumas das pressuposições da PNL e que eu vou explicar agora:
1- As pessoas respondem à sua experiência, não à realidade em si (ou “Mapa é mapa”): cada pessoa tem o seu próprio mapa de mundo, formado por suas crenças, valores, experiências e influenciado pelas pessoas com quem mais convive (pais, parentes e amigos). Entendendo esse conceito, podemos entender melhor as outras pessoas. Lembre-se: todos nós agimos acreditando que estamos fazendo a coisa certa naquele momento. Quando você discute com alguém, você acha que está certo. Da mesma forma, isso acontece com a outra pessoa. Duas pessoas agindo certo (cada um pensando em si) e errados ao mesmo tempo (cada um pensando no outro). O resultado de uma discussão será mágoas e ressentimentos.
Entenda a outra pessoa, concorde com ela e depois dê as suas opiniões, usando frases do tipo “concordo com você. E se considerarmos isso…”, ou “A sua alternativa está correta. E se isso fosse assim…”, propondo alternativas, mantendo a opinião dela como uma das alternativas.
2- As pessoas funcionam perfeitamente: considerando a primeira pressuposição, perceba que cada pessoa age perfeitamente dentro daquilo que ela acredita, ou seja, por mais que você não concorde com o que a outra pessoa diz, ela está coberta de razão dentro da visão dela. Querer bater de frente é pedir para causar conflito. Entenda o que a outra pessoa está fazendo ou dizendo da perspectiva dela.
Mais uma vez: concorde com ela antes de propor a sua opinião. Isso vai aumentar as chances de um consenso ou de até você conseguir convencê-la a fazer o que você acha melhor.
3- Todo comportamento tem uma intenção positiva: tudo o que fazemos tem uma intenção positiva. Imagine alguém que come exageradamente. Embora pela lógica não haveria algo positivo nisso, provavelmente há algum ganho nesse comportamento, algum prazer momentâneo que esconde outros sentimentos. Recentemente vi um caso de um jovem que desenvolveu uma gagueira na infância com a intenção positiva de chamar a atenção dos pais.
Se buscarmos a intenção positiva por trás dos comportamentos das outras pessoas, podemos entendê-las melhor e podemos ajudá-las de forma mais respeitosa e efetiva.
4- As pessoas fazem a melhor escolha que podem no momento: Aquela máxima “se eu tivesse 15 anos eu faria diferente” ou “se eu fosse você eu faria diferente” não é assim que acontece. Se eu tivesse 15 anos eu faria exatamente o que eu fiz e se eu fosse você eu faria o que você fez e faz. Todos nós tomamos a melhor decisão no momento com os recursos que enxergamos naquele momento. Entendendo isso podemos escolher respeitar o momento de cada pessoa e entenderemos porque agem de uma forma ou de outra.
5- Nós já temos todos os recursos que precisamos ou podemos criá-los: Imagine que dentro de você e dentro das outras pessoas existe uma imensidão de recursos, muitas vezes adormecidos. Imagine como você pode ajudar as outras pessoas fazendo perguntas ao invés de dar conselhos. A pessoa pode encontrar as próprias respostas que tem dentro de si. Dependendo da forma com que a outra pessoa recebe os seus conselhos, pode soar como “por que ele não cuida da própria vida?”, ou “só eu sei o que eu passo…”
Bom, todas essas informações são muito lindas, só que só funcionam se forem praticadas. Comece a pensar no outro quando está em um relacionamento e imagine as causas que levam a outra pessoa a fazer o que faz. Garanto a você que em pouco tempo você entenderá melhor e ficará mais tranquilo para lidar com situações desafiadoras.
Como disse Dale Carnegie: “Qualquer idiota pode condenar, criticar e queixar-se – a maioria dos idiotas faz isso.”
Ainda segundo Carnegie, uma crítica e uma discussão nunca irá fazê-lo conquistar as outras pessoas.
Fica aqui então você e o seu poder de escolha. Você escolhe utilizar isso ou não. Só não escolhe os resultados do que escolheu.