Mariana era uma jovem popular. Vivia cercada de pessoas e estava em todos os eventos sociais. Quando ela se deu conta, estava com 25 anos e como se achava muito jovem, ainda não tinha parado para pensar no porquê ela fazia as coisas que ela fazia. Ela se viu reclamando da vida que construíra até então.
A insatisfação foi amiga de Mariana, pois a fez questionar esse “porquê”. A resposta mudou completamente o rumo da sua vida.
Mariana percebeu que não gostava de grande parte das coisas que fazia. Ela percebeu que isso fazia parte do grupo em que ela vivia, e para ser aceita ela apenas reproduzia o que os outros faziam. Ela vivia uma vida que não era a dela.
Mariana então começou a se transformar.
Os seus pais a acharam estranha. Seus parentes desapareceram. Seus amigos de longa data sumiram. Será que havia algo de errado com Mariana?
Certo ou errado eu não sei, mas Mariana se sentia livre como um pássaro em meio a natureza. Ela percebeu que podia sair da gaiola, e isso assustou todas essas pessoas.
Mariana tinha feito três coisas simples que trouxeram essas transformações na vida dela. Em resumo, Mariana parou de reproduzir o que o grupo dela fazia e começou a ouvir o seu coração.
Ela então seguiu a sua vida de descobertas e desafios. Mariana se tornou uma eterna aprendiz de si mesma. Fim.
A história de Mariana demonstra que a partir do momento em que você deixar de fazer as coisas só porque os outros fazem e começar a seguir a sua própria vontade, ou como diz Steve Jobs, “seguir seu coração”, naturalmente você vai se tornar um E.T. para muita gente.
Isso é natural, porque quando você se conectar ao seu íntimo e deixar de sentir necessidade de agradar os outros, você vai mudar.
Tornar-se um E.T. significa que muitas pessoas vão se afastar de você, muitas vão dizer que você está diferente e muitas vão demonstrar uma enorme dificuldade em lidar com a sua mudança. Isso não significa que você deve voltar atrás e recomeçar a fazer tudo o que deixou de fazer para agradar os outros.
A dificuldade em lidar com “você diferente” não é sua, é das outras pessoas. Você vai se sentir melhor e mais forte.
Por medo desse “olhar tenebroso” dos outros, tenho visto muitos jovens deixando de fazer o que tem vontade, escondendo-se de si mesmo, para fingir serem o que não são.
Acredite: o caminho do verdadeiro crescimento é solitário.
Isso não significa que você vai acabar na solidão, triste e amargurado. Significa que você é o único responsável pelo seu crescimento. E na maioria das vezes as pessoas só estarão com você se for para te ajudar a sabotar os seus projetos de vida. Ou melhor: para te ajudar a não ter um projeto de vida.
Pare e pense nas pessoas à sua volta e responda para você mesmo:
1- Quantas pessoas já te apoiaram em algum projeto e quantas te encorajaram a ser melhor ou a fazer algo completamente fora da caixa?
2- Quantas dessas pessoas já te disseram que algo que você quer não vai dar certo ou é muito arriscado? Quantas estão com você em todos os eventos sociais, festas e outros eventos que nada tem a ver com os seus projetos de vida?
Se a resposta para a pergunta 1 for um número maior do que para a pergunta 2, me conta qual é o segredo para ter essas pessoas por perto, ok?
Eu acredito que fazer parte de grupos é importante. A rede de relacionamentos é importante.
Mas as pergunta relacionadas são:
1- De quais grupos você quer fazer parte?
2- Para onde esses grupos estão te levando?
As respostas para as perguntas são inevitáveis. O que nós fazemos com elas é opcional. E o que é opcional determina o nosso destino.
Seja Feliz!