Depois de 12 anos no mercado de trabalho decidi que era a hora de empreender, criar algo novo que me permitisse ajudar as pessoas e ao mesmo tempo me dar mais liberdade e mais satisfação em todos os sentidos.
O trabalho de pesquisar e procurar informações a respeito do meu negócio me levou a uma reflexão sobre uma expressão que ouvimos falar diariamente: zona de conforto.
Se pesquisarmos no dicionário a palavra “conforto” veremos que significa “bem-estar, comodidade”. Se pesquisarmos a palavra “zona” veremos que significa “local”, que neste caso podemos adequar para “situação”. Concluímos, então, que quem está na zona de conforto está em uma situação de bem-estar. Será?
Isso não acontece na prática, por três motivos:
1- 87% de todas as pessoas trabalham em algo que não gostariam, segundo uma pesquisa do Instituto Gallup. Pela minha experiência, 90% das pessoas que conheci viviam no que chamavam de zona de conforto, mas vivem e também viviam esperando chegar sexta-feira a tarde para ir para casa, “graças a Deus”.
É como se a zona de bem-estar fosse um local onde você vivesse levando chibatadas nas costas enquanto aguarda a tão esperada “liberdade” do final de semana para quem sabe levar um porre e esquecer por algumas horas o que passou, ou quem sabe esquecer também que a segunda-feira fatalmente vai chegar.
2- No serviço público, onde as pessoas imaginam que existe estabilidade e a zona de conforto em tese está estabelecida, o desconforto é tão ou mais visível quanto nas empresas privadas, principalmente em função das trocas políticas e mudanças nas coordenações dos diversos setores. O servidor não é demitido sem justa causa, porém vive na maioria dos casos à mercê dos que são nomeados em cargos políticos. Consequência: vivem também esperando a sexta-feira a tarde ou um feriado no meio da semana. Quem sabe “vai emendar”. No cenário atual, muitos órgãos públicos sequer pagam os salários em dia.
3- Vivemos em um mundo cada vez mais instável e as mudanças são cada vez mais rápidas. É inconcebível atualmente uma pessoa achar que vai ter um emprego para o resto da vida, seja ele público ou privado e que seu salário está garantido. Sem contar que o fator salário, embora possa proporcionar algumas facilidades, está longe de ser o fator que determina a situação de bem-estar das pessoas.
Precisamos assumir a responsabilidade pela construção do nosso futuro e ter em mente que as mudanças são inevitáveis e muitas vezes imprevisíveis, quer a gente queira ou não. Em uma palestra que assisti recentemente ouvi uma frase interessante que dizia mais ou menos assim: “todos nós viveremos um dia de histórias. Qual será a sua história quando esse dia chegar?”.
Deixo essa pergunta para você responder para si mesmo.
Deixa aí o seu comentário. 😀
* Rafael Recidive é coach e ajuda as pessoas a serem felizes no trabalho através do autoconhecimento. Para me conhecer melhor, clique AQUI.